Há quem argumente que espíritos superiores se interessam apenas por assuntos tocantes à desdita e ao sofrimento humanos, que sua atuação se restringe a atenuar a dor e socorrer, curar e esclarecer os aflitos. Se assim fosse, a quem caberia zelar pelos destinos do mundo, agir ao lado dos poderosos, enfrentar os senhores da guerra e combater o crime, a hediondez e a maldade? Outro problema dessa tese, comum a cristãos de diversas denominações, é que ela amputa a grandeza da personalidade de Jesus, que não era movido somente por compaixão e misericórdia, mas também por um profundo senso de ordem e justiça. E quanto a Deus? Como imaginar o Todo-Poderoso sem o equilíbrio perfeito entre as duas dimensões, justiça e misericórdia? Após O partido: projeto criminoso de poder, Ângelo Inácio avança outra vez na descrição dos embates enfrentados pelos espíritos do bem na arena da política, na qual os interesses escusos são muitos, dos dois lados da vida. A quadrilha revela detalhes sobre a investida de magos negros e outras inteligências sombrias invulgares a fim de frustrar os planos do Alto para a América do Sul.