Penso que o Ser aprende a viver, vivendo; aprende a engatinhar, engatinhando; e aprende a amar, amando. Não há aprendizado fora da subjetivação das experiências. Aprendemos isso de um jeito ou de outro, novos ou velhos, mas aprendemos. Sou do time dos otimistas! A subjetivação das experiências de dá, essencialmente, nos relacionamentos. Por isso, Robinson Crusoé tem o seu Sexta-feira, o Náufrago cria o "Seu Wilson", e você tem as pessoas que elegeu para estar ao seu lado.
Também eu, pobre sonhador que vos escreve, tenho aqueles que me auxiliam nessa caminhada. Ressalto um, que tinha um jeito particular de me chamar quando queria me interpelar, ele dizia: "Minino!" E continuava a conversa. Sempre que podíamos, sentávamos para tomar um café. Nessas ocasiões sorríamos, contávamos casos, piadas, chorávamos e nos cumpliciávamos em nossas estórias, fortalecendo aquilo que eu chamo de amor fraterno deliberado, ou seja, amizade direcionada livremente para aqueles que temos como companheiros de vida e que às vezes chove em forma de amor.
Esse livro é fruto de alguns desses encontros. encontros permeados por cafés, pães e muito afeto. Compartilho aqui algumas dessas estórias e espero, sem muita pretensões, contribuir para que sintam o mesmo acolhimento que ainda sinto ao lembrar desses pequenos pedaços de ida recheados de carinho, amizade e café.