Reuniões mediúnicas não são abertas ao público pelo mesmo motivo de nos consultarmos com médicos, psicólogos e afins a portas fechadas. O que será dito entre o profissional e paciente não diz respeito a mais ninguém.
Em centros espíritas que seguem o que Allan Kardec, codificador do espiritismo, preconizou, a prática é a mesma. Espíritos que se apresentam revoltados, tristes, ameaçadores, amedrontados, irônicos etc. requerem abordagens específicas. Para tanto, a equipe que os atende deve ter conhecimento profundo de espiritismo e de prática mediúnica, além de profundo amor e compaixão por quem é levado para receber auxílio de um grupo mediúnico sério.
No intuito de deixar bem claro o passo a passo da prática mediúnica, o Instituto Lachâtre está lançando o livro Conversando com os espíritos.
Escrito pelo psicólogo espírita Jáder dos Reis Sampaio, de Belo Horizonte (MG), a obra é também um rico manancial de histórias sobre espíritos que foram atendidos e socorridos na Associação Espírita Célia Xavier (AECX), na capital mineira. Entre atordoados ou dispostos a atordoar, todos os desencarnados recebem tratamento diferenciado e adequado a cada caso. Mas todos resultam no mesmo final feliz: percebem que não pertencem mais ao mundo dos vivos; libertam-se de sentimentos de medo, ódio, ou vingança, reencontram antigos afetos e são acolhidos em suas dores para se adaptarem, à vida espiritual, agora embalada pelo amor de Jesus Cristo por toda a humanidade.
Conversando com os espíritos é também uma lírica viagem ao universo espírita belo-horizontino. Entre fundações de centros espíritas e implantações de reuniões mediúnicas, o autor conta a história da vida de vários espíritas que ajudaram a transformar a AECX num centro espírita de bases sólidas.