A depressão é como um monstro que te aprisiona em uma jaula e joga a chave fora… é como estar no meio da maré e ela querer te levar: você tenta remar com todas as suas forças, mas, uma hora, você cansa e se entrega às marolas do oceano da tristeza. E é assim que era a minha vida. A tal depressão quase me levou, e ela pode levar muita gente se algumas pessoas continuarem acreditando que ela é frescura; se continuarem achando que o outro precisa de motivos para as suas dores; que é falta de vontade ou, sei lá, que a pessoa é muito sentimental. Ela pode levar muita gente, como já tem levado, porque muitos continuam acreditando que remédios bastam, e que “é apenas uma fase e logo vai passar”.“Quando a escuridão te toma, é muito difícil enxergar qualquer claridade”…Quantas vezes, chorei sozinha no banheiro para ninguém ver… quantas vezes, quis dormir e pensei em acordar leve, ou quem sabe nem acordar. Nunca chame nada assim de “falta de fé” ou “falta de Deus”. Até o dia em que quase atingi o meu objetivo: o suicídio.Eu travava uma batalha a cada segundo para me manter viva. Todos os segundos em que respirava, eu tinha vontade de morrer. É desesperador o que enfrentei todos aqueles dias. Só de lembrar me sinto derrotada. Às vezes, eu preferia sair de cena, me trancar no meu quarto. Eu não queria nenhum contato, nenhum conselho, não queria interagir. Eu não queria ver nem ouvir ninguém…Felizmente, consegui concluir minha tarefa terrena e não me entreguei ao pior… Helena.Convido você a vivenciar uma experiência transformadora nessa psicografia. Eu lhes apresento: Depressão — A Vida Sem Mim.