A macumba é tema principal deste livro, assunto dos mais polêmicos dos cultos afro-brasileiros em função do desconhecimento e preconceito da população. Diamantino Fernandes Trindade resgata aqui importantes publicações sobre as macumbas paulistanas. Reportagens dos periódicos Jornal de Notícias, Correio de São Paulo e Diário Nacional mostram as perseguições policiais e o charlatanismo que faziam parte do cotidiano das macumbas na cidade de São Paulo, numa época em que a Delegacia de Costumes e Jogos causava arrepios aos seus praticantes. O delegado Costa Netto e o subchefe Norberto Ferreira dos Santos não davam trégua àqueles que participavam dos cultos afro-brasileiros. O Gabinete de Investigações, localizado na Rua dos Gusmões, era bem conhecido por muitos macumbeiros, benzedores, benzedeiras e “feiticeiros” da capital paulistana, os quais, volta e meia, eram levados para depoimentos e ficavam detidos por vários dias. Esta obra também apresenta matérias sobre as macumbas cariocas e paranaenses, bem como reportagens interessantes e curiosas: Macumba na Torre Eiffel, Macumba nos times de futebol da Bahia, Caboclo incorporando o réu, em pleno júri, e um cemitério apenas para umbandistas em Curitiba. Alguns livros são analisados pelo autor: Senzala e Macumba, A Virgem da Macumba e Maria Padilha e toda a sua quadrilha. Todo um capítulo aborda a participação da macumba no cinema e nos discos.