Muitas polêmicas se tem criado a respeito da presença dos pretos-velhos nas reuniões mediúnicas em centros espíritas. Na verdade, sempre se questiona o porquê da manifestação dessas entidades, consideradas atrasadas do ponto de vista da evolução espiritual, em muitos núcleos espíritas kardecistas. O curioso é que ninguém questiona um espírito que aparece em alguma reunião mediúnica se autointitulando “Dr. Fulano ou Dr. Cicrano”. Por que ninguém se levanta para explicar a ele que, no mundo espiritual, esses títulos de nada valem? A explicação é simples: reside no preconceito secular que cada um de nós carrega, mesmo que de maneira inconsciente, velada, e que nos leva a defender com unhas e dentes os mesmos padrões de conceitos ligados ao tradicionalismo e “pureza doutrinária” que, em última instância, nos ataviza ao poder imaginário dos que se acham detentores da “verdade”. Mas o que seria a verdade, de fato?