Não há separação nem competição entre os espíritos benfeitores responsáveis
pela espiritualização da humanidade. As polêmicas, os conflitos
doutrinários, tão comuns entre encarnados, não passam de verdadeira
insensatez e ilusão, uma vez que os mentores espirituais não se preocupam
com a ascendência de uma seita sobre a outra, pois na verdade lhes interessa
desenvolver no homem o Amor que salva e o Bem que edifica. Portanto, as
lições que recebe continuamente, acima do seu grau espiritual, significam a
“nova posição evolutiva” que ele depois deverá assumir, quando terminar sua
experiência religiosa em curso. Estas palavras de RAMATÍS estão contidas num
capítulo inteiro sobre a Umbanda, psicografado por Hercílio Maes há anos,
mas totalmente atual, porque procuram despertar os líderes umbandistas para
a necessidade de pesquisar sinceramente as “linhas mestras” da Umbanda,
liberando-os do personalismo, da excentricidade, dos paramentos exóticos e
caricatos, das práticas fetichistas e africanistas, para ir ao encontro do
programa verdadeiramente esquematizado no Espaço, a fim de que ela possa vir
a ser expressa e compreendida na sua elevada significação cósmica.
Este livreto é muito oportuno porque traz de volta, para lembrança e análise
do leitor, informações claras e objetivas, bem ao estilo de RAMATÍS, a
respeito da Umbanda como mediunismo de terreiro e sua ritualística, na qual
cada “pai de santo” dita regras próprias e as dissemina como se fossem
conceitos doutrinários autênticos. Exatamente porque isso ainda acontece
hoje, é necessário relembrar a origem transcendental da Umbanda, seu
significado original e o objetivo maior traçado pelo Alto, que é unir a
humanidade pelos laços da convivência fraterna e do amor incondicional,
distante de doutrinas exclusivistas que ressaltam o ego e das divergências
ritualísticas, que aliás deixarão de existir no futuro