Olhar uma pedra e perceber sua história. Pisar nas folhas ressequidas no parque ou em seu jardim e ouvir o ruído gostoso de algo que ainda sobrevive. Olhar o horizonte e perceber o vento que caminha em sua direção, trazendo notícias de longe, sussurrando ao ouvido canções da sua infância ou dando notícias dos amores que partiram. O olhar e as percepções da alma... Podemos penetrar o âmago das coisas e descobrir nuanças e belezas que antes não percebíamos. Mas como desenvolver esse olhar, que por vezes nos parece tão distante quanto o ente querido que a morte nos surrupiou? Como contemplar a paisagem de um dia ameno, quando o mundo nos pede pressa e nosso íntimo suplica paz? Como atravessar com dignidade os assaltos do caminho, mantendo as emoções em equilíbrio e um sorriso leve ante a dor, que surge imensa? Nestas páginas sensíveis e sinceras, ao leitor mostra-se como.