O ano de 1861 é um dos mais agitados da vida de Kardec e do desenvolvimento do Espiritismo. Por isso mesmo, um dos mais fecundos. Nos princípios de janeiro, lançada pelos editores Didier, aparece a primeira edição de “O Livro dos Médiuns”, em que Kardec trabalhara intensamente. A importância dessa obra excita a reação. “La Bibliographie Catholique”, órgão de grande divulgação, lança violento artigo contra o Espiritismo, cuja refutação se encontra neste volume. Depois é o “Auto de Fé” em Barcelona, também tratado nestas páginas. São publicados livros e artigos de combate à “Doutrina”, o que exige de Kardec maior esforço na sua defesa, mas ao mesmo tempo revela a sua pujança. Todas as críticas sofrem da fragilidade do sectarismo: são incoerentes e caluniosas.