A feitiçaria brasileira, “precursora” da macumba, é um tema palpitante para os adeptos da Umbanda, dos cultos afro-brasileiros e de outros segmentos religiosos. No Império do Brasil, as acusações de feitiçaria não eram reguladas pelo Código Criminal, de 1830, ao contrário do que acontecia na colônia, com as Ordenações Filipinas, e na República, com o Código Penal, de 1890. Nos primórdios da República, a criminalização das práticas religiosas africanistas passou a ser lei.No livro Feiticeiros e Feitiçaria no Segundo Império do Brasil, publicado pela EDITORA DO CONHECIMENTO, Diamantino Fernandes Trindade fez uma extensa abordagem sobre o tema, com foco principal no estado do Rio de Janeiro e em São Paulo. Nesta obra, o autor dá continuidade à pesquisa, abordando agora outros estados brasileiros, abrangendo desde a segunda metade do século dezenove até o século vinte e um.No resgate das matérias dos periódicos, temas instigantes vem à tona como um ritual do Sabath, o monge José Maria, beato e líder dos camponeses na Guerra do Contestado, o aclamado Pai Procópio e seu terreiro Ogunjá. Apresenta ainda temas interessantes como o médium curador: Padre Donizetti, a famosa Bruxa de Évora, fotografias paranormais, Semirombas e Sakáangás. Uma galeria de imagens encerra a obra.